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domingo, 14 de agosto de 2011

Cientologia

1ª parte do filme A Reconquista

John Travolta, Kirstie Alley, Lisa Marie Presley, Tom Cruise. O que esses astros de Hollywood têm em comum? A religião. São todos seguidores da Cientologia, uma "igreja" que prega a força do pensamento, a reencarnação e um futuro onde seus fiéis dominarão a Terra. O fanatismo dentro da seita é tanto que há especulações de que ela tenha sido o pivô da separação, após 10 anos de casamento, de Tom Cruise e Nicole Kidman, que estaria cansada da devoção do marido. Fundada na década de 50 pelo escritor de ficção norte americano Lafayette Ronald Hubbard, a Cientologia tem espalhado seus ensinamentos e conquistado cada vez mais adeptos. Os líderes da seita afirmam que já são mais de 5 milhões de seguidores; críticos da organização garantem que esse número não passa de 150 mil. Mesmo assim, é uma das chamadas novas seitas, e tem manipulado homens e mulheres do mundo inteiro, provocando polêmica por suas práticas. Em 2000, um dos livros do criador da religião que reproduz parte de suas teorias virou filme de cinema: A Reconquista (título em português), estrelado por John Travolta, cientologista fervoroso desde seus 21 anos.

O que é
A Cientologia prega que é possível despertar no homem uma consciência imortal e poderes semelhantes aos de deuses da mitologia grega. De acordo com sua filosofia, o ser humano é feito de três partes:
1. Thetan: espírito puro, onisciente e imortal, que sempre existiu (foram os Thetans que criaram o mundo; hoje, impuros, precisam reencarnar). O homem deve tentar atingir o estado máximo desse espírito, onde passa a agir fora de seu corpo, adquirindo poderes mentais que o fazem voar e controlar situações, além de torná-lo menos propenso a acidentes e doenças; no estado total de Thetan, é um super-homem. Com a morte do indivíduo, o espírito vai para um lugar de descanso à espera de um outro corpo;
2. Corpo: é apenas um componente, e indesejável, do ser humano;
3. Mente: é o meio de comunicação do Thetan com o ambiente.

Como funciona
Um adepto da Cientologia, que não tem símbolos, cultos ou orações, pode freqüentar outras religiões, embora seus preceitos sejam totalmente divergentes de quase todas elas. Na seita, ele vai buscar a limpeza da alma e da mente, onde os cientologistas acreditam ficar armazenados todos os acontecimentos ruins do passado (esses bloqueios e traumas, uma vez expulsos do homem, garantem a felicidade e uma vida melhor e mais saudável). Para alcançar esse objetivo, é preciso muito treino e dinheiro. A igreja realiza as chamadas "audições", uma espécie de ritual de purificação através de técnicas semelhantes à psicanálise. Além disso, vende inúmeros livros com técnicas para melhorar o desempenho na vida pessoal e na profissão, e promove cursos onde cada fiel paga de U$100 a U$600 dólares, conforme informou a revista Isto É em reportagem na edição desta semana. No Brasil, os cursos custam, segundo seus líderes, cerca de 90 reais por pessoa. Os custos, aliás, sempre provocaram críticas à Cientologia. Em 1996, o jornal Diferencial, de Portugal, divulgou que críticos acusam a seita de ter como principal objetivo o enriquecimento, inclusive citando que Hubbard chegou a declarar que "a melhor forma de ganhar dinheiro é fundar uma religião". Mesmo assim, a igreja é considerada sem fins lucrativos, e seus seguidores dizem que todo o dinheiro é utilizado para manter obras sociais.

Práticas curiosas
Alguns ensinamentos da Cientologia que despertam curiosidade:
- Não tomar analgésicos, eles podem inibir as habilidades do Thetan;
- Não realizar o parto em hospitais e nem com gritos, o barulho pode traumatizar a criança (de acordo com a Isto É, a esposa de Travolta, a também atriz Kelly Preston, fez o parto de seu filho Jett em casa e em absoluto silêncio);
- Enganar, processar e destruir os inimigos. Não estar nunca na defesa, e sim, no ataque (o que faz seus fiéis moverem infinitos processos judiciais e perseguirem os críticos à religião, além de aprovarem abusos e crimes contra aqueles que representam uma ameaça à devoção da igreja);
- Nunca negar um pedido de doação financeira à instituição.

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