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terça-feira, 15 de março de 2011

Mitologia Egípcia


A mitologia Egípcia pode ser divida em dois grandes grupos de mitos, mais ou menos relacionados entre si. Tal divisão existia devido ás divergências sobre os diversos papeis e poderes dos deuses, prováveis resquícios da época em que o Egito era uma grande nação tribal, com cada Deus sendo adorado como criador e Deus Supremo nessa e naquela tribo. Assim, apresentamos os Deuses dentro do conceito desses grupos, que chamaremos de Mito Menfita e Mito Tebano, tendo em vista os mitos de criação do universo. Vários deuses eram conhecidos por ambos os mitos. (esse último, por ser menos organizado e claro, abrange todo o Vale e sul do Egito)

Mito Heliopolitano: Aqui temos a Enéade, a família das nove divindades principais do Egito antigo, segundo o mito de Heliópolis, que é composto por sua vez pelo ciclo solar de Rá, e pelo ciclo de Osíris. Eram deiades muito famosas, sendo adoradas em toda a história do Egito, apesar do auge de seu culto ter sido no periodo mais arcaico da história Egípcia. Heliópolis também era chamada de Iunu.

(Aton, Ré, Kepri, Amom-Rá): Grande pai dos Deuses foi o criador do mundo a partir do Num. Foi, por séculos, a mais poderosa divindade cultuada pelos egípcios, em especial como Deus Sol, onde ele tinha suas formas: Kepri, o sol nascente, na forma da bola de excrementos que o escaravelho rola pelas dunas ao alvorecer; Rá, o sol em seu auge e esplendor, como um homem com cabeça de Falcão, e Aton, o sol velho que surge durante á tarde. Mais tarde foi unido a Amon, formando Amon-Rá.

Chu: Deus dos céus e do ar, trazia o sol ao mundo a cada manhã, alem de sacrificar os espíritos maus no outro mundo. Gêmeo de Tefnut, com quem era casado, foi pai de Geb e Nut.

Tefnut: Deusa do orvalho, e da umidade casada com Chu, de quem era gêmea. Sua presença era garantia de bom tempo, pois afastava as secas. Era uma Deusa primitiva e quase esquecida, sendo sua veneração mais comum, quando ocorria, era junto de seu pai e de seu Marido. Mãe de Nut e Geb

Geb: Deus da terra vivia tentando abraçar com Nut, deusa da abobada celeste, mas era impedido por seu pai, Chu, devido ao fato de Rá proibir o incesto entre o seus netos.. Representava em parte a fertilidade, e em conjunto com Hapy, o Nilo fertilizava o Egito.

Nut: Deusa da abobada celeste, era retratada nua, inclinada sobre a terra, separada por Chu, que a sustentava nos céus, de seu esposo, Geb. Era muitas vezes representada com o corpo da cor do céu estrelado e enluarado. Era muito dada com Thot, a quem devia favores, numa época em que ele era o Deus da lua.

Osíris: Deus do outro mundo trouxe as plantas e as estações do ano para a terra. Era juiz dos mortos, e guardião do Amanti. Foi um deus vivo, primeiro Faraó, que trouxe a civilização para o Egito, que se encontrava em um estado de lamentável selvageria, com acontecimentos que envolviam, inclusive, canibalismo. Entre outras coisas, foi ele quem persuadiu Thot a passar aos egípcios a escrita, e a arte da feitura do papel. Como Deus da vegetação deu a humanidade o conhecimento da agricultura dos e do cultivo nos diversos grãos, na lama do Nilo. De fato sua representação como divindade da vegetação era como um homem de pele verde. Era relacionado com Hapy. Foi morto por seu irmão Seth, e foi ressuscitado por sua esposa, Isis, também sua irmã.

Ísis: Esposa-irmã fiel de Osíris, deusa da magia, de suas lagrimas o Nilo foi aumentado. Mãe de Hórus, foi ela que juntou os pedaços de Osíris espalhados pelo Egito e o ressuscitou, assim como cuidou do filho nos pântanos do delta, protegendo-o da perseguição de Seth. Como rainha consorte de Osíris ensinou ao povo do Egito como assar o pão, fazer a cerveja, tecer o linho, costurar e várias outras artes próprias do mundo civilizado.

Hórus: Deus da Monarquia, depois assumiu o aspecto de Chu como divindade dos céus. Era filho de Isis e Osíris, que em criança teve de ser escondido no Delta para escapar a fúria de Seth, seu tio e assassino de seu pai. Lá foi criado e protegido por muitos Deuses, principalmente Hator, com quem tinha uma relação ora filial, ora de amante. Depois da maioridade, vingou o assassinato de seu pai por parte de Seth, numa guerra em que lutou como um Falcão e Seth como um hipopótamo vermelho, até o julgamento dos Deuses, onde foi vitorioso e tornou-se Faraó. Era representado com um falcão branco, ou um homem com cabeça de falcão.

Seth: Temido e odiado pro muitos, Seth é um dos deuses mais curiosos dos antigos mitos egípcios. De fato, inicialmente era tido como um Deus violento mais heróico, pois era guardião da barca solar, enfrentado a serpente Apofis todas as noite para garantir que o Deus sol renascesse a cada alvorada. Mais tarde, recebeu como herança de seu bisavô os desertos e Oásis que cercam o Egito, e até o fim do império egípcio era associado aos desertos, como guardião da eternidade. Contudo, foi por inveja da parte de seu irmão Osíris, que tinha a parte fértil do Egito, que Seth o matou, perdendo para sempre a imagem de bravura e passando a de assassino e sádico, quando fatiou o corpo.
Na guerra contra Hórus foi ora derrotado, ora vitorioso, até o julgamento dos Deuses, convocado por Isis, que implorou uma trégua. Diz-se em certas lendas que deles recebeu o vale do Nilo, se tornado patrono do sul, e que Hórus recebeu o Delta do Nilo, e que os Faraós eram a união desses deuses (inclusive através da coroa Branca do Baixo Egito e da vermelha do Alto Egito, já que branco era a cor de Hórus, e vermelho a de Seth.). era representado como um homem de cabelos ruivos, ou como um homem com cabeça de um animal desconhecido. Era casado com sua irmã Néftis, e não teve nenhum filho com ela.

Néftis: Era uma Deusa pouco conhecida, tida como guardiã dos mortos. Era esposa de Seth, mas seu casamento com ele foi infeliz, e quando ele assassinou seu irmão Osíris, ela o abandonou de vez. Existem certos registros de que certa vez embebedou e teve relações sexuais com Osíris, nascendo daí o Deus Cão e guardião das Necrópoles, Anúbis. Ela auxiliou Isis no processo de ressuscitar Osíris.

Anúbis (Anupu): Deus com cabeça de Cão, dizia-se ser fruto de relações tidas entre Néftis e Osíris. Era guardião das Necrópoles, e guia das almas no Amanti, alem de ser responsável por pesar o coração dos julgados com a pena da deusa da verdade e justiça, Maât. Era comum ser representado como um chacal negro deitado, e estava presente no selo das necrópoles: um chacal deitado acima de nove homens decapitadas.

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