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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Alma Gêmea - Amor Verdadeiro

Existem vários tipos de sentimentos. Os positivos mais conhecidos são amor, paixão, amizade; os negativos são ódio, inveja, vingança e a necessidade de compensação que resulta na projeção. Muitas vezes esses sentimentos negativos estão tão profundos no inconsciente, que a pessoa pensa estar buscando um amor quando, na verdade, é movida pelo desejo de sexo, posse, etc, o que cria e perpetua vínculos cármicos. Assim, perde-se cada vez mais a possibilidade de estar com o amor real, resultado da ausência de amor próprio, de egoísmo, de viver de expectativas em função dos outros, o que leva a tristezas, depressão e infelicidade.


Existem casais egocêntricos que geram a destruição de si mesmos e de outros, sem nenhum interesse em transcender o seu Eu inferior, tendendo à arrogância e sofrimento em vários níveis. O amor verdadeiro é diferente da pura atração física e do amor mental, que é uma mera identificação de idéias.


Quando a pessoa busca o sucesso a qualquer custo, esquecendo que faz parte de uma mesma alma em corpos separados, surge um extremo desequilíbrio que afeta a sua outra parte. Não somos separados e, mesmo inconscientemente, uma das partes trabalha para o sucesso da outra, mesmo sem estar por perto ou conhecê-la. Por exemplo, quando alguém é muito bem sucedido na vida, pode estar certo de que sua outra metade também está colaborando para isto, pois o propósito da alma nos propulsiona em nossa vocação.


Assim, a alma-gêmea está trabalhando com todo o amor para isso, pois o trabalho tem de ser feito em conjunto, com as almas unidas para a evolução.


Eis aí uma explicaçãozinha para tantas diferenças sociais e econômicas, e essa balança há muito está em desequilíbrio. A partir do momento em que todos se reconhecem, o trabalho é dividido, a estrada fica mais larga e o objetivo de alma se cumpre plenamente. Porém, até chegarmos a esse ponto é preciso obter mérito, conseguir a integridade da individualidade, coerência de corpo, mente e espírito. O trabalho interno para se atingir essa coerência pode precisar de auxílio externo, de um curador espiritual.


Quando a pessoa se sente pronta e inteira, saberá reconhecer sua alma-gêmea, que se aproximará como se fosse por mágica. Mas, mesmo então, é necessário saber mantê-la. As duas partes precisam estar inteiras e livres de carma, senão, existe o risco da perda.


Um dos fatores que pode causar desunião é a força da sociedade, que empurra para a competição, para o desamor e para a briga desleal pela sobrevivência, o que consome nossos melhores valores e nos deixa com a nostalgia de que se poderia ter feito algo melhor. Encontrar a alma querida não é para qualquer um. É necessário despir-se de apegos e resgatar o seu Eu Superior. E quando se tem a alma-gêmea por perto, o trabalho não pára, pois aí vem a missão divina de auxiliar os outros, que estão tateando sobre vagas lembranças e se enganando com cada rostinho bonito.


O destino de duas metades é caminhar em direção ao Criador; o desejo último de toda alma é voltar para o Todo.


Também é importante saber que para tudo há responsabilidade e preço. Não adianta pensar que desistindo de seu objetivo você estará livre da responsabilidade: mais cedo ou mais tarde chegará a cobrança. As almas-gêmeas devem estar em equilíbrio. Nem tanto no espírito, para não ficar só no sentimento fraterno, e nem tanto no físico, para não se restringir unicamente ao sexo.

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